Equipe do IFBA Eunápolis irá disputar mundial de Robótica: resultados do ano evidenciam programa Eu n@ Robótica

Foto: Divulgação

Estudantes do curso integrado em Informática, Pedro Lucas Oliveira e Júlia Assis, componentes da equipe IFBOTIC, vão participar da Robocup 2025, a maior competição de robótica e inteligência artificial do mundo que será sediada em Salvador. A classificação para a chamada “copa do mundo da robótica” veio após a conquista do 3º lugar na modalidade apresentação da etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no mês de novembro, em Goiânia.

Esse resultado somou-se ao 1º e 2º lugares na modalidade artística (equipe IFBOTIC e EUNAROBÔ) e ao 2º e 3º lugares na modalidade resgate (equipes WINX e MECHBOOT), além do prêmio de melhor escola pública na OBR 2024. O rendimento satisfatório de todo o grupo evidenciou o trabalho construído no “Eu n@ Robótica”, programa que seleciona e prepara os (as) alunos (as) do campus e oferta atividades como oficinas e minicursos voltadas para a área.

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Etapa Nacional da OBR

A preparação para o campeonato de nível mundial já está acontecendo com a montagem dos equipamentos que vão ser apresentados na Robocup e com o prosseguimento do cronograma de tarefas da dupla competidora “Nós desenvolvemos vários minicursos para a galera de fora, não somente das outras escolas, mas também dos cursos do IFBA” explicou Júlia, a primeira integrante feminina do programa a trabalhar com o modelo Arduino. Ela prosseguiu contando a rotina de trabalho e estudo para o mundial “Precisamos do teórico e do prático, separado das formas de programação e de hardware, nós temos a parte mecânica do robô e a parte web, a gente faz a programação de como ele vai executar as demandas. Os nossos robôs, eles são robôs autônomos, então nós programamos todo o processo que ele vai executar e ele tem que executar esse processo sozinho, de acordo com as bases da programação”.

Além de todo o trabalho teórico e prático realizado, Pedro Lucas revelou que o bem-estar psicológico dos competidores também é um importante fator a ser observado “Nós criamos uma mentalidade mais forte. Com essa mentalidade nós conseguimos alcançar também o 3º lugar do Brasil e agora para o mundial o desafio volta. Eu realmente sei da capacidade, da minha capacidade, daqueles que estão comigo junto trabalhando, então realmente alcançar grandes conquistas eu acho totalmente possível, desde que tenha a mentalidade estruturada de que nós somos capazes”.

Segundo a professora de língua espanhola e Coordenadora do “Eu n@ Robótica”, Laura Elizabeth Ferreira, o sucesso dos (as) integrantes do programa fez o interesse dos outros estudantes aumentar “Tivemos uma procura imensa de alunos para fazer parte da robótica. Precisamos fazer nova seleção, porque a gente não tem espaço para todos e agora estamos passando pelas oficinas que eles estão ministrando, formando os novos componentes da robótica. Eram aproximadamente 23 alunos, agora, acredito que com essa nova seleção são mais 25 pessoas”.

 Do início modesto ao crescimento do Eu n@ Robótica 

O “Eu n@ Robótica” surgiu no ano de 2017 como uma proposta para atingir estudantes que apresentassem dificuldades, principalmente nas disciplinas de física e de matemática. A ação do professor de filosofia Antônio Gonçalves começou com um grupo pequeno, preparando discentes para a OBR; foi aí que o professor Flávio Costa, convidado para ministrar uma oficina de Física Teórica, passou a fazer parte do projeto pelo qual viria assumir a responsabilidade.

Atualmente atuando como Diretor Acadêmico do campus Eunápolis, ele narra parte dessa trajetória “Nos primeiros momentos, não dispúnhamos de kits LEGO e Arduino (componentes do “Kit robótica”), nem de um laboratório próprio. Contávamos apenas com um kit LEGO pessoal do professor Antônio. As reuniões ocorriam frequentemente no laboratório de Física e o treinamento para a modalidade prática era feito de maneira improvisada, utilizando plataformas construídas a partir de sobras de divisórias e portas antigas armazenadas na garagem da instituição”.

O processo para o crescimento veio com a participação em editais de fomento, que possibilitaram que um investimento maior fosse feito em equipamentos e infraestrutura “Participamos de um edital de fomento da PRPGI, que concedia kits LEGO aos campi contemplados. A partir daí, nosso projeto começou a crescer. Conseguimos um espaço próprio, o primeiro laboratório de Robótica do campus, denominado LAMARO (Laboratório de Manutenção e Robótica), que inicialmente era compartilhado com a disciplina de Manutenção de computadores” relembrou Flávio.

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Júlia Assis e Pedro Lucas

Agora, além de um laboratório próprio para a robótica, o laboratório de EduMaker também é utilizado para as atividades que o grupo desenvolve. Nesses oito anos de atuação, foram mais de 600 estudantes, tanto internos quanto externos ao IFBA Eunápolis, atendidos pelo “Eu n@ Robótica”.

Laura adianta as expectativas para 2025 “Estamos pensando em fundir, digamos assim, o Edumaker com a robótica. Já estamos escrevendo um projeto para submeter ao MEC para que a gente consiga a verba, porque a gente precisa investir. Até então a gente investe em conhecimento para programação, principalmente de arduino, agora a gente precisa investir em outros equipamentos, como ASP 32”.

A rotina dos integrantes das equipes também deve passar por alterações “As equipes vão começar a ter o desafio quinzenais para que elas possam cumprir. Teremos o 3º Encontro da Robótica, só que dessa vez uma semana com competições, com palestras, com oficinas”, finalizou a coordenadora.

Por: Portal IFBA BAHIA SUL NEWS



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Publicado em 23 de dezembro de 2024



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