Número de Idosos na Bahia é Maior do Que a Média Nacional Diz o IBGE

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População acima de 60 anos aumentou 44,1% na Bahia, entre 2012 e 2021; crescimento no Brasil foi de 39,8%.

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O número de pessoas com menos de 30 anos diminuiu de 2012 para 2021, enquanto os mais velhos ganharam espaço. Entre 2012 e 2021, o número de pessoas abaixo de 30 anos de idade no país caiu 5,4%, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária. Na Bahia, o número de idosos superou a média nacional. É o que revelam dados divulgados, ontem, pelo IBGE no módulo sobre características gerais dos moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2020-2021.

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A população baiana com menos de 30 anos apresentou queda de 11,2%, entre 2012 e 2021, mais que o dobro da média nacional, 5,4%. Já o número de idosos (60 anos ou mais) aumentou 44,1% na Bahia, entre 2012 e 2021, enquanto o crescimento nacional foi de 39,8%.
O percentual de idosos no estado (14,6%) é o sexto mais elevado do país e o mais alto do eixo Norte-Nordeste. No Brasil, esse grupo representa 14,7% da população. Entre as 27 unidades da Federação, a Bahia tem o oitavo menor percentual de pessoas abaixo de 30 anos (44,5%). No período, o número de brasileiros nessa faixa etária baixou de 98,7 milhões para 93,4 milhões. Ou seja, houve queda de 5,4%. A taxa de queda foi o dobro da nacional e fez esse grupo deixar de ser majoritário no estado. Em 2012, pessoas com menos de 30 anos representavam 51,9% da população baiana, em 2021, eram 44,5%.
Segundo Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE, a taxa de envelhecimento na Bahia pode ser explicada por uma queda no número de nascimentos.

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“No início dos anos 2000, a Bahia era um estado com uma taxa de nascimentos mais alta que a média nacional. Havia uma população mais jovem do que a média também. Só que a partir de 2010, 2011, essa situação mudou de uma forma mais rápida. Temos observado a redução do número de filhos e uma maior longevidade das pessoas”.
E qual o segredo da longevidade? Enquanto a ciência aponta para rotinas saudáveis, alimentação equilibrada e exercícios, os mais velhos afirmam que não pode faltar fé, trabalho e alegria. É o caso de Maria de Lourdes Lopes dos Santos, 101 anos. “Trabalhei muitos anos na Maternidade Climério de Oliveira, dei muitos plantões para criar meus doze filhos. Se estou viva até hoje, é pela fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, com certeza”, conta. Auxiliar de enfermagem, Maria de Lourdes foi responsável por trazer muita gente ao mundo, fazendo, inclusive, parto de sobrinhos e familiares. Maria afirma, também, que se alimenta bem e tem vida saudável. “Como de tudo, até mocotó. E não tenho nenhum problema de saúde”.

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A dona de casa Margarida Amorim, 99 anos, conta que tem uma saúde de ferro e atribui a longevidade aos hábitos saudáveis. “Como direito, nunca gostei de nada industrializado, minha comida é muito natural, sopa de verduras sempre. Acredite, com essa idade, nunca tive uma dor de cabeça forte e só fui ao hospital para ter meus filhos”.
Leonardo Oliva, geriatra e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, explica que a taxa de envelhecimento e o número de pessoas longevas têm relação direta com a melhora na atenção à saúde. “Quanto melhor for cuidado com a saúde, mais essa população vai envelhecer. Portanto, o controle das doenças crônicas como hipertensão, diabetes e das doenças agudas como infartos e AVCs, resultam em um envelhecimento mais saudável. A gente tem conseguido estender a vida mas estende-se também a vida com qualidade. Esses percentuais do envelhecimento na Bahia e no Nordeste são um sinal claro que estamos avançando na atenção à saúde”, concluiu.
Fonte: Atarde/Bahia
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