A “Operação Caçada” realizada pela Polícia Civil de Itamaraju e do Espírito Santo prendeu 4 criminosos especializados em fraudes processuais para vantagens indenizatórias em 5 Estados


A Polícia Civil da cidade de Itamaraju (BA), após receber denúncias da Assessoria Jurídica da empresa de telefonia/internet “Claro”, que relatou em boletim de ocorrência uma possível fraude processual em desfavor da mesma, com efeito indenizatório de recursos de perdas e danos, de um suposto cliente em um processo de pedido reparatório no Juizado Especial da Comarca do referido município, fato ocorrido no mês de abril do ano corrente (2024), quando iniciou as investigações sobre o caso, que culminaram na prisão de 4 pessoas nas cidades de Vila Velha e Serra, no Estado do Espírito Santo, nesta última quinta-feira, 28 de novembro, após 8 meses de trabalho investigativo da equipe do delegado titular de Itamaraju, Dr. Gilvan de Meireles. A operação só foi possível devido ao apoio da equipe do Núcleo de Inteligência (SI) da 8ª COORPIN, sob a Coordenação do delegado Dr. Moisés Damasceno, e posteriormente dos colegas da Polícia Civil (ES), lotados na delegacia de combate aos crimes patrimoniais.

Durante as investigações, foi possível identificar três participantes da associação criminosa, que participaram de forma direta nas fraudes dos documentos que permitiam a entrada de ações judiciais contra empresas de telefonia/internet e de energia elétrica de cinco Estados: Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Até o momento, foi possível localizar 81 processos fraudulentos movidos pelo grupo criminoso, que após a ação policial de cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão temporária, que identificaram até essa fase das investigações, sendo eles, Ivanilda Ferreira de Souza, Adriana Rosa Neves, Adeilton Adão Oliveira e Erisvaldo Soares de Jesus, sendo este último o que sempre aparece nas audiências por videoconferência (online), com nomes diferentes relacionados aos processos judicais, devido ao mesmo ser o mais instruído do grupo, que segundo informações, ele é estudante de Direito do 8º período e estaria estagiando em um escritório de advocacia em Vila Velha (ES).

Segundo o delegado Gilvan, no decorrer das investigações só foi possível chegar aos criminosos devido a um trabalho minucioso e criterioso da equipe do Núcleo de Inteligência da 8ª COORPIN, por meio de monitoramento e rastreamento do sistema da internet, no qual todo e qualquer crime pela internet é passível de rastreamento. O delegado destacou que a implantação do Núcleo de Inteligência pelo Coordenador Dr. Moisés Damasceno, sendo esta uma grande ferramenta contra o crime organizado na região. Antes, os criminosos utilizavam a internet como um espaço sem lei e sem fronteiras, mas agora podem ser identificados e responsabilizados por crimes cometidos como esse, no qual os investigados irão responder na Justiça por associação criminosa, falsificação de documentos e fraudes processuais.

Os investigados foram flagranteados na delegacia de combate aos crimes patrimoniais do Espírito Santo, pelos respectivos crimes mencionados, além do cumprimento dos mandados de prisão temporária em desfavor dos três primeiros identificados. O delegado, Dr. Gilvan deverá representar pela prisão preventiva do quarto integrante, “Erisvaldo Soares”, que só teria sido identificado após a prisão dos seus comparsas, que apontou o mesmo como sendo o chefe do grupo. Porém, o mesmo relatou a existência de um quinto membro que seria responsável por fornecer os dados pessoais das pessoas relacionadas para cometer as fraudes, sem o conhecimento das mesmas, e que seria ele o líder maior do grupo, o que será investigado pelo delegado Gilvan e sua equipe, nesta segunda fase das investigações no inquérito policial.

 

 

 

Netinhonews/Cloves Neto



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Publicado em 29 de novembro de 2024



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