Consumo de IA no Paraguai faz Itaipu estudar construção de 2 turbinas
A projeção de que o Paraguai consumirá cada vez mais energia elétrica produzida pela usina de Itaipu faz a direção da hidrelétrica binacional estudar a ampliação em 10% do número de turbinas geradoras.

A Itaipu, que produz cerca de 9% da energia elétrica consumida no Brasil, tem atualmente 20 unidades geradores e espaço para a construção de mais duas. A informação é do diretor-geral da estatal, Enio Verri.
“É inevitável, isso vai ocorrer”, declarou o executivo, que, no entanto, ponderou a necessidade de amplos estudos técnicos, sociais e ambientais; viabilidade econômica; e acordo entre Brasil e Paraguai, para que a ampliação seja realizada.
A afirmação de Verri foi durante um encontro com um grupo de jornalistas que visitou as instalações de Itaipu, entre eles a reportagem da Agência Brasil. A hidrelétrica fica na fronteira dos países, se estendendo de Foz do Iguaçu, no Paraná, até Ciudade del Este, no lado paraguaio.
O diretor-geral brasileiro explicou que se aproxima o cenário em que o Paraguai consumirá toda a energia a que tem direito, dessa forma, deixando de vender o excedente para ser usado pelo Brasil.
Segundo ele, fatores que explicam o aumento da demanda paraguaia passam pelo crescimento da economia; a presença crescente em solo paraguaio de data centers (servidores digitais que processam e armazenam dados), incluindo os de inteligência artificial (IA); e da atividade de mineração de criptomoedas – processo digital que depende de computadores potentes para criar e proteger as criptomoedas, com uso intensivo de energia.
Construção de turbinas
Sobre o estudo de viabilidade para construir duas unidades geradoras (turbinas), Enio Verri adiantou que “estamos agora com a nossa equipe dando uma olhada nisso”.
Ele detalhou que na estrutura da barragem de Itaipu no Rio Paraná, depois dos vertedouros (estruturas que permitem jorrar o excesso de água do reservatório), “há espaço físico em que é possível ampliar em mais duas unidades”.
O diretor-geral contextualiza que aumentar em 10% o número de turbinas não significa necessariamente expandir em 10% a capacidade de geração. A diferença pode ser para menos, por exemplo, com turbinas com menos produtividade, ou para mais, com avanços tecnológicos que permitam produzir mais com menos recursos.
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