Eleições 2022: Lula apresenta 15 ações no TSE contra filhos e aliados de Bolsonaro

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou 15 ações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), os filhos e aliados do chefe do Executivo por “desinformação na internet”.
No total, as ações da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) pedem a retirada de mais de 200 publicações de redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok, Telegram e sites.

Segundo Cristiano Zani Martins e Eugênio Aragão, advogados do ex-presidente Lula, as ações são contra “atores envolvidos na disseminação das desinformações”, entre eles: o chefe do Executivo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos de Jair Bolsonaro; os parlamentares Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Coronel Tadeu (PL-SP).

O ministro das Comunicações, Fábio Faria; jornalistas como Milton Neves, Silvio Navarro e Kim Paim; e influenciadores digitais também são os alvos das ações. “O conjunto das fake news apresentadas à Justiça Eleitoral revela que há um grande movimento coordenado de grupos e apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para disseminação de notícias falsas, com o claro intuito de influenciar as eleições deste ano”, começaram Zanin e Aragão.

Os advogados ainda destacaram o número de redes sociais usadas para disseminar as desinformações alegadas pela defesa. “Um ponto de relevância é a variedade de redes sociais utilizadas para compartilhar as desinformações, de modo a alcançar o maior número de eleitores e eleitoras e, assim, influenciar negativamente o processo eleitoral. (…) As graves mentiras podem confundir o eleitorado brasileiro e, consequentemente, influenciar o resultado do pleito eleitoral.”

 

O Uol fez o levantamento das 15 acusações:

1- “Vídeos cortados em que Lula toma água em uma garrafa e induzem que o petista estaria se alcoolizando em discursos da campanha;

2- Descontextualização da fala do ex-presidente em ato no Vale do Anhangabaú induzindo a ideia de que ele teria defendido a violência doméstica fora do Brasil;

3- Manipulação de vídeo com entrevista de Lula ao El País em outubro de 2020. O vídeo conta com 8 segundos de 1h30min de entrevista e tem a frase descontextualizada de que Lula disse que não vai ‘enganar o povo mais uma vez’;

4- Alteração de vídeo que dá a entender que o presidenciável teria ‘agradecido ao coronavírus’;
5- Frases retiradas de contextos no qual indicam falsamente que Lula tiraria o 13º e as férias trabalhistas;

6- Notícias falsas de que o candidato terminaria com o emprego dos trabalhadores de aplicativos;

7- Fake news de que o candidato revogaria o Pix;

8- Fake news de que o candidato exterminaria o agronegócio caso vença no pleito deste ano;
9- Veiculação da desinformação sobre um suposto título de eleitor, em que, no QR CODE, constariam as expressões ‘LULA’ e ‘PT’, sugerindo possível favorecimento do candidato;

10- Desinformação de que o ex-diretor do Datafolha Mauro Paulino, em uma fala gravada em áudio, confirmaria a existência de manipulação de pesquisas de intenção de voto para fazer crer que há uma ampla vantagem ao candidato Lula e que existiria um plano para fraudar as urnas eletrônicas, a fim de garantir a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores;

11- Vídeo satírico publicado no Youtube utilizado para disseminar a desinformação de que o interlocutor seria um dos advogados do Partido dos Trabalhadores tecendo comentários que desacreditam o sistema eleitoral brasileiro, em uma suposta reunião interna com apoiadores, desinformação também impugnada no conjunto de ações;

12- Compartilhamento de áudio falsamente atribuído ao ex-ministro Aldo Rebelo, como se ele houvesse afirmado que o PT e Lula seriam responsáveis pelo aumento dos combustíveis no Brasil;
13- Disseminação de fake news de que os eventos de campanha do candidato Lula estariam esvaziados, ou seja, de que contariam com pouco apoio popular, com o claro intuito de enganar a população a respeito da realidade;

14- Fake news repetindo a desinformação amplamente disseminada no pleito de 2018, o ‘kit gay’;

15- Fake news com tentativa de vincular o candidato a Adélio Bispo, pelo compartilhamento de imagem do ex-presidente Lula com um senhor, afirmando que seria irmão do autor do atentado contra Jair Bolsonaro em 2018.”

Fonte: Site/A Tarde – Bahia



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Publicado em 26 de agosto de 2022



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